Deficiência Auditiva e surdez - Dicas para Sala de Aula
A informação é um dos fatores fundamentais para que a Equipe Escolar realize um trabalho cada dia mais inclusivo.
Segundo dados do IBGE, cerca de 5% da população no Brasil é surda e, parte dela usa a Libras como auxílio para comunicação.
Esse número representa 10 milhões de pessoas, sendo que 2,7 milhões não ouvem nada.
As questões de comunicação e linguagem representam uma das maiores barreiras de acessibilidade na inclusão social e escolar da pessoa com surdez ou deficiência auditiva.
Por isso precisamos formar e informar toda comunidade escolar para oferecer os diferentes suportes de acessibilidade para que os estudantes desenvolvam suas potencialidades e avancem em seus estudos.
O que é Deficiência Auditiva ou Surdez?
É a perda parcial ou total da audição, causada por má-formação (causa genética), lesão na orelha ou nas estruturas que compõem o aparelho auditivo. Pode ser causada por:
- Causas Hereditárias;
- Congênitas;
- Pré-natais;
- Perinatais;
- Pós-natais;
- Envelhecimento;
- Traumas;
- Exposição a ruído constante;
Graus de deficiência auditiva
Leve: nível auditivo de 25 a 40 decibéis.
A pessoa consegue participar de uma conversa, mas tem dificuldades para ouvir sussurros
Moderada: de 41 a 70 decibéis.
Apresenta dificuldade na fala. Muitas vezes é considerado hiperativo, por dispersar-se com facilidade.
Severa: de 71 a 90 decibéis.
Necessita da Prótese Auditiva, ouvindo sons próximos e numa intensidade razoável. Poderá se beneficiar da LIBRAS e Linguagem oral.
Profunda: acima de 90 decibéis.
Percebe sons altos e vibrações. Utiliza-se mais do recurso visual, e é considerado surdo, necessitando, geralmente, de LIBRAS para comunicação
Acompanhe a Mini Aula Completa sobre o tema:
Dicas para Sala de Aula
Para falar com o aluno surdo, não é necessário falar gritando. Fale devagar e suavemente, num ritmo natural;
Fale diretamente com a pessoa, sempre de frente, não de lado ou atrás dela;
Coloque o aluno surdo sempre nas primeiras fileiras;
Toque o aluno surdo adequadamente, não é necessário puxá-lo ou agarrá-lo para conseguir sua atenção;
Quando necessário, explique a comanda de atividade individualmente ao aluno;
Durante a explanação do conteúdo, use a linguagem verbal como meio de comunicação e procure falar sempre de frente, apoiando sua explicação em imagens, facilitando assim a compreensão;
Cuidar para não colocar a mão na frente da boca ou chupar bala, chicletes, coisas que atrapalham a leitura orofacial;
Importante:
No caso de alunos que utilizam a Libras - Língua Brasileira de Sinais a presença do intérprete é fundamental para a compreensão das informações do conteúdo exposto.
O Uso de máscaras transparentes é recomendável para possibilitar a leitura orofacial;
Tente não ficar de frente para a fonte de luz (como, por exemplo, uma janela), pois assim fica difícil ver seu rosto;
Utilize palavras simples, frases curtas, sinônimas e expressões correspondentes - até que a mensagem seja compreendida;
Procure expandir o vocabulário e as produções do aluno, desenvolvendo uma linguagem rica que deve partir do nível simples para o complexo, gradativamente.
Busque diversificar as formas de avaliação do conteúdo, muitos alunos podem apresentar dificuldades na compreensão da Língua Portuguesa na modalidade escrita.
O tema é bastante complexo e ainda precisamos avançar muito para realmente superar as barreiras de acessibilidade que as pessoas com deficiência auditiva e surdez enfrentam em nossa sociedade.
Aproveite os comentários para deixar suas dúvidas, experiências e sugestões.
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