Deficiência Auditiva e surdez -  Dicas para Sala de Aula

02/06/2022

A informação é um dos fatores fundamentais para que a Equipe Escolar realize um trabalho cada dia mais inclusivo.

Segundo dados do IBGE, cerca de 5% da população no Brasil é surda e, parte dela usa a Libras como auxílio para comunicação.

Esse número representa 10 milhões de pessoas, sendo que 2,7 milhões não ouvem nada. 

As questões de comunicação e linguagem representam uma das maiores barreiras de acessibilidade na inclusão social e escolar da pessoa com surdez ou deficiência auditiva. 

Por isso precisamos formar e informar toda comunidade escolar para oferecer os diferentes suportes de acessibilidade para que os estudantes desenvolvam suas potencialidades e avancem em seus estudos. 

O que é Deficiência Auditiva ou Surdez?

É a perda parcial ou total da audição, causada por má-formação (causa genética), lesão na orelha ou nas estruturas que compõem o aparelho auditivo. Pode ser causada por:

  • Causas Hereditárias; 
  • Congênitas; 
  • Pré-natais;
  • Perinatais;
  • Pós-natais;
  • Envelhecimento;
  • Traumas;
  • Exposição a ruído constante;

Graus de deficiência auditiva 

Leve: nível auditivo de 25 a 40 decibéis.

 A pessoa consegue participar de uma conversa, mas tem dificuldades para ouvir sussurros 

Moderada: de 41 a 70 decibéis.

Apresenta dificuldade na fala. Muitas vezes é considerado hiperativo, por dispersar-se com facilidade.

Severa: de 71 a 90 decibéis. 

Necessita da Prótese Auditiva, ouvindo sons próximos e numa intensidade razoável. Poderá se beneficiar da LIBRAS e Linguagem oral.

Profunda: acima de 90 decibéis.

Percebe sons altos e vibrações. Utiliza-se mais do recurso visual, e é considerado surdo, necessitando, geralmente, de LIBRAS para comunicação

Acompanhe a Mini Aula Completa sobre o tema:

Dicas para Sala de Aula

Para falar com o aluno surdo, não é necessário falar gritando. Fale devagar e suavemente, num ritmo natural;

Fale diretamente com a pessoa, sempre de frente, não de lado ou atrás dela;

Coloque o aluno surdo sempre nas primeiras fileiras;

Toque o aluno surdo adequadamente, não é necessário puxá-lo ou agarrá-lo para conseguir sua atenção;

Quando necessário, explique a comanda de atividade individualmente ao aluno;

Durante a explanação do conteúdo, use a linguagem verbal como meio de comunicação e procure falar sempre de frente, apoiando sua explicação em imagens, facilitando assim a compreensão;

Cuidar para não colocar a mão na frente da boca ou chupar bala, chicletes, coisas que atrapalham a leitura orofacial;

Importante: 

No caso de alunos que utilizam a Libras - Língua Brasileira de Sinais a presença do intérprete é fundamental para a compreensão das informações do conteúdo exposto.

O Uso de máscaras transparentes é recomendável para possibilitar a leitura orofacial;

Tente não ficar de frente para a fonte de luz (como, por exemplo, uma janela), pois assim fica difícil ver seu rosto;

Utilize palavras simples, frases curtas, sinônimas e expressões correspondentes - até que a mensagem seja compreendida;

Procure expandir o vocabulário e as produções do aluno, desenvolvendo uma linguagem rica que deve partir do nível simples para o complexo, gradativamente.

Busque diversificar as formas de avaliação do conteúdo, muitos alunos podem apresentar dificuldades na compreensão da Língua Portuguesa na modalidade escrita.


O tema é bastante complexo e ainda precisamos avançar muito para realmente superar as barreiras de acessibilidade que as pessoas com deficiência auditiva e surdez enfrentam em nossa sociedade.

Aproveite os comentários para deixar suas dúvidas, experiências e sugestões.


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