Deficiência física e inclusão escolar: Conhecendo mais, incluindo melhor.

15/10/2019

Fabiana Leme de Oliveira

Ícone deficiência física
Ícone deficiência física

Quando falamos de deficiência física estamos nos referindo a uma diversidade de condições, causas e de diferentes impactos na aprendizagem e na autonomia do indivíduo. Vamos conversar um pouco sobre esse tema, trazendo informações e orientações direcionadas para a sala de aula:

O que é deficiência física?

De acordo com o Decreto n° 5.296 de 2 de dezembro de 2004, deficiência física é : "alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções".

Importante: a deficiência física e a deficiência intelectual são diferentes. Nem sempre a pessoa com deficiência física apresentará a deficiência intelectual de forma associada;

imagem ilustrativa - tipos de deficiência física
imagem ilustrativa - tipos de deficiência física

E na escola o que fazer?

Acessibilidade arquitetônica

Garantir ao aluno ou aluna com deficiência física o deslocamento de forma mais autônoma e segura em todos os espaços escolares. Não existe um inclusão efetiva se o estudante não puder acompanhar a sua turma na quadra, na biblioteca, no refeitório enfim participante ativamente das atividades coletivas;

Para isso a estrutura da escola deve estar de acordo com as normas de acessibilidade (NBR 9050 de 2015) com o uso de rampas, elevadores, corrimão e todas as condições previstas para a garantia de acessibilidade.

exemplo de uma prancha de comunicação
exemplo de uma prancha de comunicação

Acessibilidade e comunicação

Muitas vezes é necessário pensar em recursos para melhorar as funções motoras e comunicativas. O usos de computadores, tablets, pranchas de comunicação podem auxiliar a participação e socialização.

Recursos para escrita

Existem diferentes formas de ampliar a acessibilidade para o registro em sala de aula e nas avaliações:

  • Escriba: dependendo do grau de comprometimento motor, a escrita pode ser realizada por outra pessoa. Nesse caso é importante que o escriba não modifique o que a pessoa deseja escrever, mesmo com erros ou incoerências é papel do professor corrigir essas questões; Cabe ao escriba transcrever a ideia apenas;
  • Computadores e notebooks: Existem diversas adaptações que podem ser realizadas nesses equipamentos viabilizando a escrita de pessoas com deficiência física. Nesses casos a parceria com os profissionais de saúde que o acompanham é fundamental, principalmente fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais;
  • Pautas mais largas e engrossadores de lápis: É importante verificar se o uso de pautas mais largas auxiliam esse processo. O apoio para escrita também é importante, por isso é possível engrossar os lápis, pincéis e canetas para facilitar a preensão. 
Foto: exemplo de engrossadores
Foto: exemplo de engrossadores

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